Reflita
Populismo
Quando pensamos a relação do populismo como
política de manipulação de massas, temos a interação entre Estado e classes
populares no centro das discussões.
As massas são o objeto das políticas
populistas, que visam manter aquelas sob controle e utilizá-las dentro do jogo
político da contemporaneidade.
A figura do líder carismático em defesa do
povo: uma das mais claras manifestações do populismo latino-americano.
O movimento populista também é tido como de
manipulação de massas, com políticos estigmatizados como enganadores e
manipuladores por promessas não cumpridas.
Surge no contexto de crise das classes
dominantes comprometidas com o capital estrangeiro e, em um momento de
transição da própria estrutura econômica da região, uma mudança de política
agrária para relações modernas de produção, amparadas em um processo de
industrialização em desenvolvimento.
No
Dicionário de política, o populismo é visto como fator que:
(...) tende a permear ideologicamente os
períodos de transição, particularmente na fase aguda dos processos de
industrialização. É ponto de coesão e de sutura e, ao mesmo tempo, de
referência e solidificação, apresentando grande capacidade de mobilização e
oferecendo-se como fórmula homogênea a cada uma das realidades nacionais em
face das ideologias “importadas”, como uma fórmula autárquica (Bobbio, Mateucci
e Pasquino, p. 985).
A ideia de demagogia, as promessas e o
personalismo fazem parte dos líderes populistas. Tanto na América Latina quanto
no mundo contemporâneo, esses elementos continuam presentes. Em alguns casos,
muda-se o nome, mas as características permanecem, em um processo que alguns
denominam neopopulismo, uma versão atualizada do populismo praticado entre as
décadas de 1930 e 1960.
Comentários
Postar um comentário
Diga algo. Compartilhe seu sentimento