Até pouco tempo fazia planos para o meu funeral. Era uma música,
fotos, rabino, padre, pai de santo, espírita e etc.
No meu velório teria café, bebidas, comidas, doces e muita música. O
caixão sem flores e sem o vão que fica entre os suportes, o defunto nu, 48
horas, e intervalo para o pessoal dormir à noite, o morto ficaria sozinho.
Pensava que
dando tanto trabalho a comoção passaria a ser uma sensação de raiva, um diz: -
Por que não enterra logo. Tinha esquecido, deveria ser transmitido ao vivo pelo
face.
O tempo passou, fiquei mais velho e foi ai que refleti, que aquele que
morre não é mais o senhor de nada, seu tempo acabou, aquilo não existe mais,
aquelas era a vontade de um ser vivo, o que fez ou não, o tempo acabou, ele
agora morto, não sente mais nada, esta livre de seu fardo.
As pessoas que o enterrou, que continuem a sua marcha e de acordo com
a vida que levou junto a você, que faça seus rituais, homenagens e o luto, eu
ainda vivo sei como render minhas reverências.
Aproveitando a deixa, não dê
trabalho aos que ficam, nem de homenagens malucas e muito menos financeiro, há
muitos planos funerários, faça o seu, vai que um dia você inventa de morrer.
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