Fazer
parte de algo é apenas ser um periférico, substituível, estarmos por algum
motivo por ali, seja próximo, na lembrança, numa situação de reservada, mas que
apenas contribui com o “ovo”, não tem um comprometimento, não há uma
participação na minha vida, ele é parte de minha vida, mas não faz parte da
minha vida.
Por
que dessa reflexão? é pelo motivo que no dia-a-dia, na correria da vida temos
pessoas as que vezes “saíram de dentro de mim” ou que tenha saído de dentro,
querido, mas o tempo enferruja, desgasta, afasta, esfria o que na morte torna,
cobrança, arrepende , chora , sofre e vai em frente, muitas vezes sem ter
aprendido nada nem para sua própria vida.
O
casal se ama e estar juntos há algum tempo, nas relações há o perigo de se
tornarem irmãos e não serem homem e mulher, onde o cuidado, o fazer juntos, o
estar juntos, o viver juntos tem que ser refletido, vívido, perseguido, isso em
lares afortunados ou não, há muitas coisas para se fazer juntos, esse junto
deve ser uma preocupação. Muitas vezes em uma separação a mulher emagrece, usa
roupas que lhe caem bem, tem uma “luz”, mas porque não se arrumou no decorrer
da relação, porque não se iluminou de luz nos dias escuros, difíceis, a conquista,
o desejo tem que se retro alimentar, onde vira o combustível do viver, do bem
viver e do sentir viver.
O tempo
passa nos consome, não vemos, não percebemos, mas ele como um ladrão vem nos
minando força, vigor, vitalidade e as vezes nosso espírito que fica mais velhos
do que nós e isso o maior perigo.
Por
outro lado “fazer parte da vida de alguém”, pois se na morte eu vou me
arrepender, na doença é que vou querer viver, vivencie essas situações, sofra e
chore por elas na imaginação e comece a recuperar o tempo perdido, o abraço
negado, a visita postergada, o aniversário, o beijo no filho (a), já do seu
tamanho, invente coisas em família (trabalho doméstico, passeios, missa,
caminhada e etc), faça um círculo, coloque os
nomes distanciando do centro (que é o seu nome) e comece a investir
nessas pessoas, hoje, já , agora, olhe esse tempo rei, se olhe no espelho diga
para você mesma “eu vou cuidar de mim”, eu irei investir em mim, seja um bom
exemplo e chore as perdas, mas somente por ter perdido e nunca por ter se
arrependido.
Há
amor ? Existe amor? Precisa se ter amor? Mas o amor demais pode ser ruim? Qual
a medida? Pode ter amor, pode se viver um amor, pode se regar e cuidar do amor,
tudo pode ser aprendido, somente há necessidade de nós nos tornarmos um “eterno
aprendiz”, aprender sempre é melhor que ensinar, não há necessidade de
vitórias, pois a maior é viver, é estarmos ainda vivos, pois temos que cuidar,
vivermos esse tempo que ainda temos, vai começar uma nova era, mas a nossa, a
minha, a tua, agora, nesse instante, pois esse tempo passa e rápido demais e
não temos que depender neste nível dos outros, mas necessitamos dos outros.
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