Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens com o rótulo poemas

Todas as cartas de amor… Poesia curando crises

(Fernando Pessoa) Todas as cartas de amor são Ridículas. Não seriam cartas de amor se não fossem Ridículas. Também escrevi em meu tempo cartas de amor, Como as outras, Ridículas. As cartas de amor, se há amor, Têm de ser Ridículas. Mas, afinal, Só as criaturas que nunca escreveram Cartas de amor É que são Ridículas. Quem me dera no tempo em que escrevia Sem dar por isso Cartas de amor Ridículas. A verdade é que hoje As minhas memórias Dessas cartas de amor É que são Ridículas. (Todas as palavras esdrúxulas, Como os sentimentos esdrúxulos, São naturalmente Ridículas.)

Viver agora - As letras que não viraram canções - Paulo Erre

16 de janeiro de 2008 Viver agora O último abraço O último beijo Aquele que você não deu Antes de tudo acabar A hora certa, o dia marcado Que tudo estava acertado Só esqueceram de te avisar Para você estar preparado A morte vem sem te avisar  A foice vem te acertar Aquela fraqueza te domina Você sai do seu corpo O corpo fica ali parado A espera de ser devorado O céu, inferno ou nada O que foi ou o que quis Ficou ou não por aí

APESAR.... MAIS POESIA -AUGUSTO DOS ANJOS

A poesia nos coloca frente a frente com nós mesmos e nos diz coisas que ninguém tem coragem de dizer, diria que é uma boa companhia. Augusto de Carvalho Rodrigues dos Anjos ( Cruz do Espírito Santo , 20 de abril de 1884 — Leopoldina , 12 de novembro de 1914 ) Mãos Há mãos que fazem medo Feias agregações pentagonais, Umas, em sangue, a delinqüentes natos, Assinalados pelo mancinismo, Pertencentes talvez... Outras, negras, a farpas de rochedo Completamente iguais... Mãos de linhas análogas e anfratos Que a Natureza onicriadora fez Em contraposição e antagonismo Às da estrela, às da neve, ás dos cristais. Mãos que adquiriram olhos, pituitárias Olfativas, tentáculos sutis, E à noite, vão cheirar, quebrando portas O azul gasofiláceo silencioso Dos tálamos cristãos. Mãos adúlteras, mãos mais sanguinárias E estupradoras do que os bisturis Cortando a carne em flor das crianças mortas. Monstruosíssimas mãos, Que apalpam e olham com lascfvia e gozo A pureza dos corpos infantis.

Tempo

Tenha uma meta Meta cara Saia da casca Não fique em casa Tenha atitude Você tem opinião? De que lado fica o calado? Vamos reclamar Tenha direitos Cumpra seus deveres Viva hoje Não se arrependa amanhã O tempo acaba Passa não volta As crianças crescem Amanhã já é tarde.

O medo chegou

Estamos vivendo Tempos difíceis, A mentira ganha força A verdade vira o mal. Hoje estamos com medo, Quem não foi comprado Hoje é perseguido, Os militares, pelo menos, Foram claros Jornalistas são perseguidos Pela indústria do processo Colocam a mordaça Nos jornais, TV, revistas e blogs. Aos que não se venderam Aos que não tem medo Coragem e resistência Sem elas a escuridão nunca irá ceder.